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Ideias Museais : no meio do caminho tinha um BLOG

Parafraseando Drummond* - no meio do caminho tinha um Blog, tinha um Blog no meio do caminho, tinha um blog, por isso, os textos postados no Blog Ideias Museais são resultantes dos apontamentos feitos para avaliação da disciplina Informação e Educação Patrimonial e neste espaço incluo as imagens que capturei ao longo desta cadeira.

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Educação e Museus: textos



Os museus têm potencial para oferecer oportunidades educacionais para pessoas de todas as idades, formações, habilidades, classes sociais e etnias. No entanto, será necessário decidir qual(ais) público(s)-alvo(s) se deseja atingir a curto-prazo(Museums and Galleries Commission Educação em Museus, 2001)


Ao discutirmos o texto Oficina da Palavra e do Objeto de Magaly Cabral aprofundamos as questões relacionadas às ações educativas em museus. Autores como Vygotsky, Bakthin e Paulo Freire são citados pela autora.  Fica claro a importância do conhecimento sobre as teorias e fundamentos da pedagogia.  A construção de um projeto pedagógico de um museu precisa da colaboração de uma equipe multidisciplinar, incluindo assim, profissionais qualificados na área da educação.  O museólogo por sua vez precisa buscar esta capacitação, saber dialogar com outros profissionais.  A educação em Museus não pode ser pensada de forma amadora e improvisada, são necessários aportes teóricos e metodológicos da pedagogia no desenvolvimento das ações educativas. A ênfase, portanto não está na exposição dos objetos musealizados, mas na relação do visitante com estes objetos e com o próprio Museu. Para haver uma visitação com qualidade não basta uma bela exposição, repleta de recursos museográficos, elementos interativos ou tecnológicos. Para que a experiência no museu seja potencializada, interessante, transformadora um bom projeto educativo, ações educativas bem elaboradas direcionadas ao público para o qual foi criada, com mediadores capacitados para sensibilizar e dialogar com os visitantes.            


E é por todas as concepções abordadas até aqui que proponho que a ação educativa no museu não tenha como foco o objeto em
si, mas o que o objeto pode oferecer para uma discussão a respeito das relações do visitante com a sua realidade. Adotar uma postura
no sentido de tratar os objetos propondo hipóteses sobre o que eles significam para o visitante, buscando um movimento de re)criação e (re)interpretação das informações, conceitos, significados e sentidos
neles contidos e na exposição que os apresenta. ( CABRAL , 2010)


A discussão do texto de Fernando Hernández - Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho proporcionou momentos muito interessantes e descobertas enriquecedoras sobre construção de projetos educativos.

O texto aborda sobre Cultura Visual , cujos estudos tem foco no visual , mais abrangente que a História da Arte , incluído , portanto outras dimensões  além da arte, cinema , Museus, Moda, Etiqueta Social. O visual é também um artefato, a fotografia tem materialidade para além da imagem.

 Embora o texto apresente em outra parte o relato de experiências realizadas em escolas na Espanha, os exemplos indicados no texto são perfeitamente adaptáveis ao contexto dos museus.  Pudemos conhecer outras perspectivas na metodologia de projetos pedagógicos. A professora Zita propôs que fizemos uma leitura mais atenta ao texto, refletindo e questionando sobre como relacionar o texto ao outro trabalho da disciplina que consistiu em analisar criticamente, ou propor uma ação educativa em um Museu.  O resultado não poderia ser melhor com ampla participação da turma e debates acalorados! 

  
Porque a arte se transforma ?
  
Visita ao Museu de Ciências Naturais 
 Longe de ser uma entidade fechada em si, toda obra de arte que merece esse nome passa a existir no contato com o receptor, e renasce a cada nova interação com um novo espectador ou ouvinte. A fruição artística é, na verdade um diálogo. (Umberto Eco)


O que mais me marcou no texto do Hernández foi o exemplo três Porque a arte se transforma ?”. Neste exemplo o autor apresenta informações sobre como foi concebido e executado um projeto em 24 horas/ aulas por uma professora de Língua Catalã e filosofia para seus alunos da sétima série. 

O autor define como finalidade prioritária do Projeto Educativo :

 Encontro dialógico /Troca de saberes entre os alunos e Consciência da quantidade de informação que transmitem uns aos outros nas conversas;

Outro objetivo: Consciência das múltiplas relações entre arte e outras áreas, arte e experiências cotidianas de cada um.

Estas proposições já me deixaram muito emocionadas, pois de alguma forma despertou em mim o interesse em aprender a construir projetos assim, e talvez seja o caminho que quero seguir como profissional da Museologia.  O texto foi organizado em Seções para apresentar as diversas etapas do projeto, mas o autor deixou claro que o caminho se faz ao caminhar!  

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