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Ideias Museais : no meio do caminho tinha um BLOG

Parafraseando Drummond* - no meio do caminho tinha um Blog, tinha um Blog no meio do caminho, tinha um blog, por isso, os textos postados no Blog Ideias Museais são resultantes dos apontamentos feitos para avaliação da disciplina Informação e Educação Patrimonial e neste espaço incluo as imagens que capturei ao longo desta cadeira.

Colegas, comentários são sempre bem vindos!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Educação e Museus: (WEB) conferências


Essa coisa do humano extrapolar tremendamente, [de]
a gente poder trabalhar com pessoas, com identidades
diferentes e que essas pessoas possam despertar para
coisas novas e despertar entre elas também. Os mediadores, para mim, são um público muito especial e eu [os]
vejo dentro dessa experiência como público também, como pessoas que estão vivendo uma experiência. (Ethiene Nachtigall) 


Nesta disciplina tivemos a oportunidade de dialogar com profissionais que atuam na área de Educação em Museus e outras experiências como a Bienal do MERCOSUL.

A palestra de Ethiene Nachtigall, coordenadora do Curso de Mediadores da Fundação Bienal do MERCOSUL trouxe novos conhecimentos sobre a constituições de ações educativas e formação dos  mediadores culturais. Apresentou um panorama das oito bienais (realizadas desde 1997) e como se deu o processo de capacitação dos mediadores que atuaram nestes eventos. 
A elaboração do conteúdo dos cursos de formação dos mediadores da Bienal tem buscando ao longo dos anos avançar para que o processo pedagógico seja mais dialógico, amplie seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática :   



Reconhecemos, assim, que a pedagogia da arte – e, em particular, como ela é aplicada em museus e bienais – é um campo que, tradicionalmente, limita seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática. Em relação ao conteúdo, predomina ensinar arte para entender arte e não para entender o mundo; em relação à prática, predomina o ensino como distribuição de informação e não como gerador de consciência crítica  (Pablo Helguera, curador pedagógico da 8º Bienal do Mercosul



      Aos oito meses gestação e com uma disposição invejável, Ethiene Nachtigall  contagiou a todos com sua paixão pelo que faz na Bienal do MERCOSUL ,  demonstrando a importância de um projeto bem pensando e construído de forma transdisciplinar e colaborativa .

Nesta disciplina tivemos a oportunidade de através de uma vídeo conferência  ouvir o relato da museóloga Valeria Abdalla, que atua no setor educativo do  Museu Histórico Nacional.
Valeria nos apresentou como são realizadas algumas ações educativas neste museu, como o projeto Escola em Movimento, no qual


A vídeo-conferência com a educadora Amanda Tojal, coordenadora do programa educativo para públicos especiais da Pinacoteca de São Paulo – PEPE foi emocionante!  Esta educadora nos relatou sobre como são os projetos de ação cultural e educativa na Pinacoteca de São Paulo e os esforços bem sucedidos em ações educativas inclusivas direcionadas a os públicos especiais, como pessoas com deficiência.

O PEPE visa consolidar possibilidade de fruição das obras de em exposição na  Pinacoteca de São Paulo pelas pessoas com deficiências sejam  visuais, físicas ou intelectuais, através de recursos multisensoriais ( como as maquetes táteis, replicas das obras e  em relevo) e outras experiências lúdicas. Além disso a Pinacoteca disponibiliza materiais em braile, áudio-guias. Mediadores que sabem LIBRAS.

A Pinacoteca tem um núcleo de ação educativa cujos objetivos são desenvolver ações educativas que qualifiquem a experiência do público no contado com as obras e garanta a ampla acessibilidade ao Museu , incentivando o público que geralmente não freqüenta museu a fazê-lo.  Assim, mesmo que não seja da forma ideal , mesmo com alguma dificuldade ( desde barreiras físicas , atitudinais  e até mesmo políticas) a instituição está atenta às novas formas de inclusão , a dar acesso ao que público que já conhece a Pinacoteca e incentivar a vinda de novos visitantes.

Amanda nos relatou também sobre a experiência no Projeto da exposição Sentir para Ver: Gêneros da Pintura que aconteceu no primeiro semestre de 2012 (que inclusive tem possibilidade de vir para Porto Alegre).    


A video-conferência com a Participação de Helena  Quadros e Glauco Bezerra do Museu Emílio Goeldi  trouxe muitas informações sobre como é desenvolvido  o trabalho de ação educativa  e sobre a importância deste Museu nos diversos níveis de ensino.  As ações educativas incluem desde projetos bem direcionados ao público escolar,  como o projeto Jardim Botânico na Escola, como outras experiências, como por exemplo o museu atuando como um Ponto de Memória , na construção de um inventário participativo  em parceria com a comunidade onde o Museu está inserido. O museu promove também ações articuladas com outras instituições museológicas, por exemplo, o projeto Biomas Brasileiros.

Atendendo a cerca de 200 mil visitantes /ano, este Museu também promove exposições itinerantes. A capacitação dos mediadores é feita de forma sistemática e o museu também aceita voluntários. O Museu tem cerca 320 pesquisadores, mas nenhum museólogo. Esta informação provocou certo estranhamento na platéia de futuros museólogos que no auditório da FABICO que ouvia com entusiasmo o relato somos um Museu tão bem conceituado

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