Essa coisa do humano
extrapolar tremendamente, [de]
a gente poder trabalhar
com pessoas, com identidades
diferentes e que essas
pessoas possam despertar para
coisas novas e despertar
entre elas também. Os mediadores, para mim, são um público muito especial e eu
[os]
vejo dentro dessa experiência como
público também, como pessoas que estão vivendo uma experiência. (Ethiene
Nachtigall)
Nesta disciplina tivemos a
oportunidade de dialogar com profissionais que atuam na área de Educação em
Museus e outras experiências como a Bienal do MERCOSUL.
A
palestra de Ethiene Nachtigall, coordenadora do Curso de Mediadores da Fundação
Bienal do MERCOSUL trouxe novos conhecimentos sobre a constituições de ações
educativas e formação dos mediadores
culturais. Apresentou um panorama das oito bienais (realizadas desde 1997) e
como se deu o processo de capacitação dos mediadores que atuaram nestes
eventos.
A elaboração do conteúdo dos
cursos de formação dos mediadores da Bienal tem buscando ao longo dos anos
avançar para que o processo pedagógico seja mais dialógico, amplie seu
potencial tanto no conteúdo quanto na prática :
Reconhecemos, assim, que a pedagogia da arte – e, em particular, como
ela é aplicada em museus e bienais – é um campo que, tradicionalmente, limita
seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática. Em relação ao conteúdo,
predomina ensinar arte para entender arte e não para entender o mundo; em
relação à prática, predomina o ensino como distribuição de informação e não
como gerador de consciência crítica (Pablo Helguera, curador pedagógico da 8º
Bienal do Mercosul
Aos oito meses gestação e com uma
disposição invejável, Ethiene Nachtigall contagiou a todos com sua paixão pelo que faz
na Bienal do MERCOSUL , demonstrando a
importância de um projeto bem pensando e construído de forma transdisciplinar e
colaborativa .
Nesta disciplina tivemos a
oportunidade de através de uma vídeo conferência ouvir o relato da museóloga Valeria Abdalla,
que atua no setor educativo do Museu
Histórico Nacional.
Valeria nos apresentou
como são realizadas algumas ações educativas neste museu, como o projeto Escola
em Movimento, no qual
A vídeo-conferência com a
educadora Amanda Tojal, coordenadora do programa educativo para públicos
especiais da Pinacoteca de São Paulo – PEPE
foi emocionante! Esta educadora nos
relatou sobre como são os projetos de ação cultural e educativa na Pinacoteca
de São Paulo e os esforços bem sucedidos em ações educativas inclusivas
direcionadas a os públicos especiais, como pessoas com deficiência.
O PEPE visa consolidar possibilidade
de fruição das obras de em exposição na
Pinacoteca de São Paulo pelas pessoas com deficiências sejam visuais, físicas ou intelectuais, através de
recursos multisensoriais ( como as maquetes táteis, replicas das obras e em relevo) e outras experiências lúdicas.
Além disso a Pinacoteca disponibiliza materiais em braile, áudio-guias.
Mediadores que sabem LIBRAS.
A Pinacoteca tem um núcleo
de ação educativa cujos objetivos são desenvolver ações educativas que
qualifiquem a experiência do público no contado com as obras e garanta a ampla
acessibilidade ao Museu , incentivando o público que geralmente não freqüenta
museu a fazê-lo. Assim, mesmo que não
seja da forma ideal , mesmo com alguma dificuldade ( desde barreiras físicas ,
atitudinais e até mesmo políticas) a
instituição está atenta às novas formas de inclusão , a dar acesso ao que público
que já conhece a Pinacoteca e incentivar a vinda de novos visitantes.
Amanda nos relatou também sobre
a experiência no Projeto da exposição Sentir
para Ver: Gêneros da Pintura que aconteceu no primeiro semestre de 2012
(que inclusive tem possibilidade de vir para Porto Alegre).
A
video-conferência com a Participação de Helena Quadros e Glauco Bezerra do Museu Emílio
Goeldi trouxe muitas informações sobre
como é desenvolvido o trabalho de ação
educativa e sobre a importância deste
Museu nos diversos níveis de ensino. As
ações educativas incluem desde projetos bem direcionados ao público escolar, como o projeto Jardim Botânico na Escola, como outras experiências, como por
exemplo o museu atuando como um Ponto de Memória , na construção de um
inventário participativo em parceria com
a comunidade onde o Museu está inserido. O museu promove também ações articuladas
com outras instituições museológicas, por exemplo, o projeto Biomas Brasileiros.
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