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Ideias Museais : no meio do caminho tinha um BLOG

Parafraseando Drummond* - no meio do caminho tinha um Blog, tinha um Blog no meio do caminho, tinha um blog, por isso, os textos postados no Blog Ideias Museais são resultantes dos apontamentos feitos para avaliação da disciplina Informação e Educação Patrimonial e neste espaço incluo as imagens que capturei ao longo desta cadeira.

Colegas, comentários são sempre bem vindos!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Outros contextos... No coração




É experiência aquilo que nos passa, ou nos toca, ou nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto a sua própria transformação. (Jorge Larrosa)
 




As aulas da professora Zita Possamai  fluíram como os exemplos do Hernández! Tivemos muitos encontros dialógicos, ouvimos outros profissionais falando de suas experiências em ações educativas em Museus, lemos e discutimos textos pertinentes que acrescentaram novas perspectivas sobre a relação museu-escola, além dos relatos dos colegas sobre suas próprias experiências.

Os museus não são campos neutros, antes, apresentam um recorte, um discurso museológico (ideológico?) em consonância com a visão de mundo de quem os dirige, os mantém, os constrói.  O desafio da Educação no Museu perpassa a constante reflexão sobre sua própria prática sem negligenciar o fato de que precisa estar coerente com a missão e os objetivos do Museu específico onde são realizadas as ações educativas.    

 Ao acompanhar a Traça Biblió subindo e descendo as escadas na Casa de Cultura Mario Quintana pude refletir sobre o desafio de se realizar uma ação educativa teatralizada – o que dizer e o que não dizer? Qual o tom da voz, qual o ritmo dos percursos? O que perguntar e o que responder? Quem é o outro que me ouve e vê? E aqueles que eu ignorei? O que de fato comunico e o que complico?   Visto e dispo um personagem, mas sou capaz de despir ideias?

  A visita à exposição Brinquedo é Coisa Séria proporcionou mais reflexões sobre como proporcionar experiências mais significativas em museus – museu como espaço para reflexão! 
O desafio de criar um Blog – unir as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação às ideias e imagens produzidas ao longo da disciplina – um recurso pedagógico e uma forma de compartilhar conhecimentos, eu enfim, senti-me co-autora da disciplina Informação e educação patrimonial.   

Ainda que não possamos perder de vista a cientificidade do fazer da Museologia que no meu caso, está, ainda, no âmbito da formação profissional (é minha primeira graduação). Tenho consciência de que a aprendizagem significativa passa pelo coração, este músculo que bombeia o sangue vital carregado de emoções. A objetividade no fazer da ciência, metodologias, teorias, a consulta sistemática aos clássicos, a leitura e a busca do saber devem ser inexoráveis. Somos sempre aprendizes em um mundo assombroso e cada vez mais complexo.
O professor pode até nos mostrar a letra da música, sua partitura, pode até declamar o poema, citar os autores, e os grandes teóricos... Mas a música acontece em nossos ouvidos, os versos e saberes são decifrados, interpretados dentro de nós.

Porto Alegre, dezembro de 2012
Carla Menegaz 

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