É
experiência aquilo que nos passa, ou nos toca, ou nos acontece, e ao nos passar
nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto,
aberto a sua própria transformação. (Jorge Larrosa)
As aulas da professora
Zita Possamai fluíram como os exemplos do Hernández!
Tivemos muitos encontros dialógicos, ouvimos outros profissionais falando de
suas experiências em ações educativas em Museus, lemos e discutimos textos
pertinentes que acrescentaram novas perspectivas sobre a relação museu-escola,
além dos relatos dos colegas sobre suas próprias experiências.
Os museus não são campos
neutros, antes, apresentam um recorte, um discurso museológico (ideológico?) em
consonância com a visão de mundo de quem os dirige, os mantém, os
constrói. O desafio da Educação no Museu
perpassa a constante reflexão sobre sua própria prática sem negligenciar o fato
de que precisa estar coerente com a missão e os objetivos do Museu específico
onde são realizadas as ações educativas.
Ao acompanhar a Traça Biblió subindo e descendo as escadas na Casa de Cultura Mario
Quintana pude refletir sobre o desafio de se realizar uma ação educativa
teatralizada – o que dizer e o que não dizer? Qual o tom da voz, qual o ritmo
dos percursos? O que perguntar e o que responder? Quem é o outro que me ouve e
vê? E aqueles que eu ignorei? O que de fato comunico e o que complico? Visto e dispo um personagem, mas sou capaz
de despir ideias?
A
visita à exposição Brinquedo é Coisa
Séria proporcionou mais reflexões sobre como proporcionar experiências mais
significativas em museus – museu como espaço para reflexão!
O desafio de criar um Blog – unir as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação às ideias e imagens produzidas ao longo da disciplina – um recurso pedagógico e uma forma de compartilhar conhecimentos, eu enfim, senti-me co-autora da disciplina Informação e educação patrimonial.
O desafio de criar um Blog – unir as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação às ideias e imagens produzidas ao longo da disciplina – um recurso pedagógico e uma forma de compartilhar conhecimentos, eu enfim, senti-me co-autora da disciplina Informação e educação patrimonial.
Ainda
que não possamos perder de vista a cientificidade do fazer da Museologia que no
meu caso, está, ainda, no âmbito da formação profissional (é minha primeira
graduação). Tenho consciência de que a aprendizagem significativa passa pelo coração,
este músculo que bombeia o sangue vital carregado de emoções. A objetividade no
fazer da ciência, metodologias, teorias, a consulta sistemática aos clássicos,
a leitura e a busca do saber devem ser inexoráveis. Somos sempre aprendizes em
um mundo assombroso e cada vez mais complexo.
O
professor pode até nos mostrar a letra da música, sua partitura, pode até
declamar o poema, citar os autores, e os grandes teóricos... Mas a música
acontece em nossos ouvidos, os versos e saberes são decifrados, interpretados dentro
de nós.
Porto
Alegre, dezembro de 2012
Carla Menegaz

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