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Ideias Museais : no meio do caminho tinha um BLOG

Parafraseando Drummond* - no meio do caminho tinha um Blog, tinha um Blog no meio do caminho, tinha um blog, por isso, os textos postados no Blog Ideias Museais são resultantes dos apontamentos feitos para avaliação da disciplina Informação e Educação Patrimonial e neste espaço incluo as imagens que capturei ao longo desta cadeira.

Colegas, comentários são sempre bem vindos!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

EDUCAÇÃO E MUSEUS: textos, conferências e contextos




Afinal, o museu é um dos locais que nos proporcionam a mais elevada idéia do homem.Mas, os nossos conhecimentos são mais extensos do que os nossos museus [...] (André Malraux – O museu imaginário)

Na formação do curso de Museologia ainda não tive oportunidade de atuar como mediadora em nenhuma instituição museológica. Neste semestre, no entanto , durante o estágio obrigatório no Museu do Inter  tenho acompanhado de perto o trabalho dos mediadores deste museu nas visitas das escolas à sua exposição, mas tenho consciência que isto não substitui ter atuado  como mediadora , o que pretendo fazer assim que possível.

Minha experiência com ações educativas em museus limita-se a esta observação no estágio e a vivência como visitante, aí sim em vários museus.
Antes desta disciplina já havia lido alguns textos sobre educação em museus, e assistido a uma palestra da Amanda Tojal sobre o trabalho desenvolvido na Pinacoteca de São Paulo, em um seminário sobre Acessibilidade. 
Os museus de arte, história, ciências e tecnologia ou qualquer que seja sua tipologia existem para que as pessoas o visitem, acessem seu acervo - o museu  é uma instituição aberta ao público para fruição e aprendizagem.  Nesta relação público - museu / pesquisador–museu  para cumprimento de sua função social e educativa, a atenção à questão  pedagógica  é essencial na  qualificação do espaço e dos profissionais que atuam no museu .
  A aula expositiva sobre a Dimensão Educativa dos Museus e a função educativa dos Museus, ministrada pela professora Zita Rosane Possamai, abriu caminho para a discussão mais aprimorada sobre esta relação delicada e essencial entre museu e educação.

Desde suas origens os museus já apresentam uma dimensão educativa com os Gabinetes de curiosidades, Câmaras das Maravilhas. Em galerias como Louvre havia a formação clássica dos artistas cuja premissa é copiar os mestres e ter contato com as obras originais.

A partir do século 18 com a noção moderna de Patrimônio (Europa), os Museus passam a ter uma função moral de pedagógica: contribuir para a construção da identidade da nação. Os museus constituem-se como guardiões do Patrimônio.  No século IXX com o surgimento dos Museus de Ciências para abrigar coleções científicas e os pesquisadores que as investigavam evidenciam a função educativa destas instituições.

Desta forma a partir da aula da professora Zita compreendi que desde sempre o museu teve uma dimensão educativa, mas sua função educativa surge com a criação do setor, departamento ou programa educativo nos Museus e a presença das escolas nos museu para “complementação e ilustração” dos conteúdos pedagógicos vistos em sala de aula.  Além do mais as reflexões da função social e educativa dos museus vem transformando as percepções sobre como estes devem desempenhar esse papel. O museu pensado como um fenômeno, um processo intrinsecamente ligado a Educação, em parceria com as escolas.     
Cada vez mais a relação museu-escola tem assumido novas conformações, com o museu atuando em ações conjuntas com a escola, travando contatos, encontros com os professores.  Essas instituições, respeitando suas especificidades, devem qualificar a experiência do aluno ao possibilitar reflexões e novas experiências, atentos ao contexto social, cultural do estudante e sua faixa etária.   Sob esta nova perspectiva (que ainda é um desafio para realidade brasileira), a visitação no Museu feita por uma mediação com caráter dialógico, construtivo e não a mediação “extencionista” (lembrei do Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido) pode qualificar a experiência do aluno no museu.





Educação e Museus: textos



Os museus têm potencial para oferecer oportunidades educacionais para pessoas de todas as idades, formações, habilidades, classes sociais e etnias. No entanto, será necessário decidir qual(ais) público(s)-alvo(s) se deseja atingir a curto-prazo(Museums and Galleries Commission Educação em Museus, 2001)


Ao discutirmos o texto Oficina da Palavra e do Objeto de Magaly Cabral aprofundamos as questões relacionadas às ações educativas em museus. Autores como Vygotsky, Bakthin e Paulo Freire são citados pela autora.  Fica claro a importância do conhecimento sobre as teorias e fundamentos da pedagogia.  A construção de um projeto pedagógico de um museu precisa da colaboração de uma equipe multidisciplinar, incluindo assim, profissionais qualificados na área da educação.  O museólogo por sua vez precisa buscar esta capacitação, saber dialogar com outros profissionais.  A educação em Museus não pode ser pensada de forma amadora e improvisada, são necessários aportes teóricos e metodológicos da pedagogia no desenvolvimento das ações educativas. A ênfase, portanto não está na exposição dos objetos musealizados, mas na relação do visitante com estes objetos e com o próprio Museu. Para haver uma visitação com qualidade não basta uma bela exposição, repleta de recursos museográficos, elementos interativos ou tecnológicos. Para que a experiência no museu seja potencializada, interessante, transformadora um bom projeto educativo, ações educativas bem elaboradas direcionadas ao público para o qual foi criada, com mediadores capacitados para sensibilizar e dialogar com os visitantes.            


E é por todas as concepções abordadas até aqui que proponho que a ação educativa no museu não tenha como foco o objeto em
si, mas o que o objeto pode oferecer para uma discussão a respeito das relações do visitante com a sua realidade. Adotar uma postura
no sentido de tratar os objetos propondo hipóteses sobre o que eles significam para o visitante, buscando um movimento de re)criação e (re)interpretação das informações, conceitos, significados e sentidos
neles contidos e na exposição que os apresenta. ( CABRAL , 2010)


A discussão do texto de Fernando Hernández - Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho proporcionou momentos muito interessantes e descobertas enriquecedoras sobre construção de projetos educativos.

O texto aborda sobre Cultura Visual , cujos estudos tem foco no visual , mais abrangente que a História da Arte , incluído , portanto outras dimensões  além da arte, cinema , Museus, Moda, Etiqueta Social. O visual é também um artefato, a fotografia tem materialidade para além da imagem.

 Embora o texto apresente em outra parte o relato de experiências realizadas em escolas na Espanha, os exemplos indicados no texto são perfeitamente adaptáveis ao contexto dos museus.  Pudemos conhecer outras perspectivas na metodologia de projetos pedagógicos. A professora Zita propôs que fizemos uma leitura mais atenta ao texto, refletindo e questionando sobre como relacionar o texto ao outro trabalho da disciplina que consistiu em analisar criticamente, ou propor uma ação educativa em um Museu.  O resultado não poderia ser melhor com ampla participação da turma e debates acalorados! 

  
Porque a arte se transforma ?
  
Visita ao Museu de Ciências Naturais 
 Longe de ser uma entidade fechada em si, toda obra de arte que merece esse nome passa a existir no contato com o receptor, e renasce a cada nova interação com um novo espectador ou ouvinte. A fruição artística é, na verdade um diálogo. (Umberto Eco)


O que mais me marcou no texto do Hernández foi o exemplo três Porque a arte se transforma ?”. Neste exemplo o autor apresenta informações sobre como foi concebido e executado um projeto em 24 horas/ aulas por uma professora de Língua Catalã e filosofia para seus alunos da sétima série. 

O autor define como finalidade prioritária do Projeto Educativo :

 Encontro dialógico /Troca de saberes entre os alunos e Consciência da quantidade de informação que transmitem uns aos outros nas conversas;

Outro objetivo: Consciência das múltiplas relações entre arte e outras áreas, arte e experiências cotidianas de cada um.

Estas proposições já me deixaram muito emocionadas, pois de alguma forma despertou em mim o interesse em aprender a construir projetos assim, e talvez seja o caminho que quero seguir como profissional da Museologia.  O texto foi organizado em Seções para apresentar as diversas etapas do projeto, mas o autor deixou claro que o caminho se faz ao caminhar!  

Educação e Museus: (WEB) conferências


Essa coisa do humano extrapolar tremendamente, [de]
a gente poder trabalhar com pessoas, com identidades
diferentes e que essas pessoas possam despertar para
coisas novas e despertar entre elas também. Os mediadores, para mim, são um público muito especial e eu [os]
vejo dentro dessa experiência como público também, como pessoas que estão vivendo uma experiência. (Ethiene Nachtigall) 


Nesta disciplina tivemos a oportunidade de dialogar com profissionais que atuam na área de Educação em Museus e outras experiências como a Bienal do MERCOSUL.

A palestra de Ethiene Nachtigall, coordenadora do Curso de Mediadores da Fundação Bienal do MERCOSUL trouxe novos conhecimentos sobre a constituições de ações educativas e formação dos  mediadores culturais. Apresentou um panorama das oito bienais (realizadas desde 1997) e como se deu o processo de capacitação dos mediadores que atuaram nestes eventos. 
A elaboração do conteúdo dos cursos de formação dos mediadores da Bienal tem buscando ao longo dos anos avançar para que o processo pedagógico seja mais dialógico, amplie seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática :   



Reconhecemos, assim, que a pedagogia da arte – e, em particular, como ela é aplicada em museus e bienais – é um campo que, tradicionalmente, limita seu potencial tanto no conteúdo quanto na prática. Em relação ao conteúdo, predomina ensinar arte para entender arte e não para entender o mundo; em relação à prática, predomina o ensino como distribuição de informação e não como gerador de consciência crítica  (Pablo Helguera, curador pedagógico da 8º Bienal do Mercosul



      Aos oito meses gestação e com uma disposição invejável, Ethiene Nachtigall  contagiou a todos com sua paixão pelo que faz na Bienal do MERCOSUL ,  demonstrando a importância de um projeto bem pensando e construído de forma transdisciplinar e colaborativa .

Nesta disciplina tivemos a oportunidade de através de uma vídeo conferência  ouvir o relato da museóloga Valeria Abdalla, que atua no setor educativo do  Museu Histórico Nacional.
Valeria nos apresentou como são realizadas algumas ações educativas neste museu, como o projeto Escola em Movimento, no qual


A vídeo-conferência com a educadora Amanda Tojal, coordenadora do programa educativo para públicos especiais da Pinacoteca de São Paulo – PEPE foi emocionante!  Esta educadora nos relatou sobre como são os projetos de ação cultural e educativa na Pinacoteca de São Paulo e os esforços bem sucedidos em ações educativas inclusivas direcionadas a os públicos especiais, como pessoas com deficiência.

O PEPE visa consolidar possibilidade de fruição das obras de em exposição na  Pinacoteca de São Paulo pelas pessoas com deficiências sejam  visuais, físicas ou intelectuais, através de recursos multisensoriais ( como as maquetes táteis, replicas das obras e  em relevo) e outras experiências lúdicas. Além disso a Pinacoteca disponibiliza materiais em braile, áudio-guias. Mediadores que sabem LIBRAS.

A Pinacoteca tem um núcleo de ação educativa cujos objetivos são desenvolver ações educativas que qualifiquem a experiência do público no contado com as obras e garanta a ampla acessibilidade ao Museu , incentivando o público que geralmente não freqüenta museu a fazê-lo.  Assim, mesmo que não seja da forma ideal , mesmo com alguma dificuldade ( desde barreiras físicas , atitudinais  e até mesmo políticas) a instituição está atenta às novas formas de inclusão , a dar acesso ao que público que já conhece a Pinacoteca e incentivar a vinda de novos visitantes.

Amanda nos relatou também sobre a experiência no Projeto da exposição Sentir para Ver: Gêneros da Pintura que aconteceu no primeiro semestre de 2012 (que inclusive tem possibilidade de vir para Porto Alegre).    


A video-conferência com a Participação de Helena  Quadros e Glauco Bezerra do Museu Emílio Goeldi  trouxe muitas informações sobre como é desenvolvido  o trabalho de ação educativa  e sobre a importância deste Museu nos diversos níveis de ensino.  As ações educativas incluem desde projetos bem direcionados ao público escolar,  como o projeto Jardim Botânico na Escola, como outras experiências, como por exemplo o museu atuando como um Ponto de Memória , na construção de um inventário participativo  em parceria com a comunidade onde o Museu está inserido. O museu promove também ações articuladas com outras instituições museológicas, por exemplo, o projeto Biomas Brasileiros.

Atendendo a cerca de 200 mil visitantes /ano, este Museu também promove exposições itinerantes. A capacitação dos mediadores é feita de forma sistemática e o museu também aceita voluntários. O Museu tem cerca 320 pesquisadores, mas nenhum museólogo. Esta informação provocou certo estranhamento na platéia de futuros museólogos que no auditório da FABICO que ouvia com entusiasmo o relato somos um Museu tão bem conceituado

Educação e Museus: contextos


Tive a oportunidade de acompanhar a visita guiada teatralizada A Traça Biblió e o Poeta –Brincando com os versos de Quintana  que aconteceu na casa de Cultura Mario Quintana .  O projeto existe desde 2006 e a visita tem entrada franca e é direcionada a crianças.





[...] A visita é conduzida por Dinorah Araújo, de forma lúdica, com a personagem Traça Biblió, de Carlos Urbim, que apresenta a Casa de Cultura Mario Quintana - CCMQ para estudantes.  Aborda o universo infantil da obra do poeta, sem deixar de incluir aspectos alusivos à infância contidos nos livros para adultos, além de referências que traduzem o amor de Quintana pela cidade de Porto Alegre, grande fonte de inspiração da sua produção literária.
Enquanto vai mostrando detalhes da Casa de Cultura, entre eles o quarto do poeta, Biblió vai dizendo poemas e textos de Quintana. A obra e a vida do poeta alegretense são mescladas com a história do Hotel Majestic, fundado em 1923 e que se tornou na atual CCMQ, em 1990. Os poemas e textos escolhidos para compor o roteiro integram as obras: Pé de Pilão, Lili Inventa o Mundo, Baú de Espantos, Sapo Amarelo, A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, Espelho Mágico, Caderno H, Apontamentos de Histórias Sobrenaturais, Esconderijos do Tempo, A Vaca e o Hipogrifo, O Batalhão das Letras e Sapato Furado. "
(Casa de Cultura Mário Quintana) 


Em visita à exposição Brinquedo é Coisa Séria, tive o privilégio de ouvir pude ouvir os relatos dos colegas que organizaram a exposição e conferir como foi apresentado o recorte sobre gêneros, brincadeiras e brinquedos na infância. A exposição trouxe reflexões sobre este tema com textos, vídeos e brinquedos dispostos de forma inusitada.


Na ida ao Jardim Botânico de Porto Alegre acompanhamos uma visita mediada (guiada?) ao Museu de Ciências Naturais. O mediador, estudante de Biologia esforçou para atender-nos da melhor forma possível. A visita ao Jardim Botânico previa outras atividades e o atendimento pelo responsável pelo Setor Educativo, o que não foi possível.  Sem querer ser clichê, fizemos do limão uma limonada (guiada)! Conhecemos algumas coleções científicas do Museu, pudemos visitar setores que normalmente atendem pesquisadores das ciências biológicas.  

Parafraseando Drummond* - no meio do caminho tinha um Blog, tinha um Blog no meio do caminho, tinha um blog, por isso, os apontamentos que faço nesta avaliação da disciplina foram postados no Blog Ideias Museais incluindo algumas imagens que capturei ao longo da disciplina. 

O uso de Blogs como ferramentas educacionais são interessantes, pois podem ser um canal de comunicação mais rápido e direto entre alunos e professores e entre os colegas, permite socializar ideias, trabalhos, imagens e textos. Por ser público, os textos publicados precisam ser mais bem escritos e revisados, o que pode incentivar o cuidado na escrita por parte dos alunos (e professores).  E para os alunos mais tímidos, os blogs são um caminho para que professor e demais colegas conheçam mais as opiniões destes colegas que efetivamente disponibilizem no seu próprio Blog suas produções e postem comentários nos blogs dos outros colegas.




*No meio do caminho tinha uma pedra /tinha uma pedra no meio do caminho/tinha uma pedra ( trecho do poema no Meio do Caminho ,  Carlos Drummond de Andrade .


Outros contextos... No coração




É experiência aquilo que nos passa, ou nos toca, ou nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto a sua própria transformação. (Jorge Larrosa)
 




As aulas da professora Zita Possamai  fluíram como os exemplos do Hernández! Tivemos muitos encontros dialógicos, ouvimos outros profissionais falando de suas experiências em ações educativas em Museus, lemos e discutimos textos pertinentes que acrescentaram novas perspectivas sobre a relação museu-escola, além dos relatos dos colegas sobre suas próprias experiências.

Os museus não são campos neutros, antes, apresentam um recorte, um discurso museológico (ideológico?) em consonância com a visão de mundo de quem os dirige, os mantém, os constrói.  O desafio da Educação no Museu perpassa a constante reflexão sobre sua própria prática sem negligenciar o fato de que precisa estar coerente com a missão e os objetivos do Museu específico onde são realizadas as ações educativas.    

 Ao acompanhar a Traça Biblió subindo e descendo as escadas na Casa de Cultura Mario Quintana pude refletir sobre o desafio de se realizar uma ação educativa teatralizada – o que dizer e o que não dizer? Qual o tom da voz, qual o ritmo dos percursos? O que perguntar e o que responder? Quem é o outro que me ouve e vê? E aqueles que eu ignorei? O que de fato comunico e o que complico?   Visto e dispo um personagem, mas sou capaz de despir ideias?

  A visita à exposição Brinquedo é Coisa Séria proporcionou mais reflexões sobre como proporcionar experiências mais significativas em museus – museu como espaço para reflexão! 
O desafio de criar um Blog – unir as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação às ideias e imagens produzidas ao longo da disciplina – um recurso pedagógico e uma forma de compartilhar conhecimentos, eu enfim, senti-me co-autora da disciplina Informação e educação patrimonial.   

Ainda que não possamos perder de vista a cientificidade do fazer da Museologia que no meu caso, está, ainda, no âmbito da formação profissional (é minha primeira graduação). Tenho consciência de que a aprendizagem significativa passa pelo coração, este músculo que bombeia o sangue vital carregado de emoções. A objetividade no fazer da ciência, metodologias, teorias, a consulta sistemática aos clássicos, a leitura e a busca do saber devem ser inexoráveis. Somos sempre aprendizes em um mundo assombroso e cada vez mais complexo.
O professor pode até nos mostrar a letra da música, sua partitura, pode até declamar o poema, citar os autores, e os grandes teóricos... Mas a música acontece em nossos ouvidos, os versos e saberes são decifrados, interpretados dentro de nós.

Porto Alegre, dezembro de 2012
Carla Menegaz 

REFERÊNCIAS






  
BALTAZAR, N.; AGUADED, I. Weblogs como recurso tecnológico numa nova educação. Revista de Recensões de Comunicação e Cultura, 2005. Disponível em: <http://bocc.ubi.pt/pag/baltazar-neusaaguaded-ignacio-weblogs-educacao.pdf

CABRAL, Magaly. Oficina da Palavra e do Objeto. In: Revista do Professor: Museu da República. 2010


HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Museums and Galleries Commission Educação em Museus / Museums and Galleries Commission; tradução de Maria Luiza Pacheco Fernandes. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Fundação Vitae, 2001. – (Série Museologia, 3). Disponível em : http://www.usp.br/cpc/v1/imagem/download_arquivo/roteiro3.pdf  Acesso em 31 dez  2012

Pedagogia no campo expandido / Organização: Pablo Helguera e Mônica Ho; tradução de Camila Pasquetti, Camila Schenkel, Carina Alvarez, Gabriela Petit, Francesco Settineri, Martin Heuser e Nick Rands. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2011. Disponível em
http://www.bienalmercosul.com.br/novo/arquivos/publicacao/pdf/Pedagogia_no_campo_expandido.pdf Acesso em 31 dez 2012